Análise: Kekkaishi (volume 8)


Autora: Yellow Tanabe
Gênero: Ação, Comédia, Drama, Romance, Sobrenatural
Perído de publicação: 2003 - 2011
Serialização: Weekly Shonen Sunday (Editora Shogakukan) / Panini Comics
Número de volumes: 35

Sinopse: Com a ajuda de Gen, Yoshimori e Tokine lutam contra a Kokubourou para defender as terras de Karasumori! Mas os três amigos são muito menos numerosos, e quando a fúria de Gen faz com que ele vá longe, eles podem perdê-lo para sempre...


ATENÇÃO: Essa matéria contém spoilers (revelações) sobre a história. Se você não leu ainda, por favor não continue! Este blog não se responsabiliza pelas consequências.


Aqui estamos novamente, postando com uma certa regularidade rumo ao final desta história! A sensação de ler este volume foi de que não saímos muito do lugar, algo mais preparatório e explicativo, como foi com o passado do Shishio, nem pisquei o olho e terminou o encadernado!

Continuamos na batalha entre os kekkaishis e os enviados da Kokubourou, obrigando aos colegiais a procurarem uma alternativa tática para a situação já que seus poderes foram anulados, o início do contra-ataque teve partida com a leitura da situação e improviso de Yoshimori sobre a emboscada da magia anti-barreiras. Claro que isso irritou bastante as ayakashis disfarçadas, que decidiram revelar sua verdadeira forma na batalha, houve toda uma dificuldade para entender a melhor forma de combatê-los e gradativamente os sucessores legítimos captaram até começarem a controlar as ações.

Então, surgem dois problemas: primeiro o Yoshimori vacila e expõe Tokine ao perigo, que vira refém do inimigo; segundo o Shishio que não tem controle sobre seus poderes sobrenaturais e se transforma em busca de vingança, aqui claramente os dois personagens mostraram certa imaturidade (normal) e se veem sem saída. O clima de tensão foi quebrado graças a aparição do Kiba, observador dos peregrinos noturnos, que nocauteou o garoto meio-ayakashi, e depois a manifestação inconsciente do Sumimura daquela aura estranha que vimos no volume 5, que despertou a curiosidade do Kaguro e o fez intervir na luta surpreendentemente. Era mais um luta para observação da organização e visivelmente os kekkaishis não darão conta do recado se não houver colaboração, Gen foi ferido e a Tokine sofreu alguns machucados, deixando Yoshimori inconformado.


A revelação de Kiba sobre Shishio ter ferido sua irmã e até a maneira como ele é tratado pelo agente da Urakai abre a sessão para entendermos o personagem, o fato de ele ser um meio-ayakashi sempre lhe causou muitos problemas de aceitação na sociedade, é triste quando vemos qualquer forma de preconceito, ainda mais partindo da família como nos é apresentado. Além disso, Gen ainda tinha que lidar com o abuso físico gratuito por parte dos irmãos, a única exceção era sua irmã Ryo que ainda o tratava como gente até o ponto em que suas reações violentas contra os garotos da mesma idade estavam fugindo do controle (mais uma vez essa palavra surge aqui), e a falta de tato e acolhimento para lidar com tal estresse tirou o pouco de humanidade que ainda restava nele.

Ferir a única pessoa que ainda o reconhecia foi como ferir a si mesmo, não haveria como ele reagir de maneira diferente daquela, fugindo e se portanto como um monstro nas sombras. A intervenção de Masamori foi crucial para resgatar a sanidade de Gen e mostrar para ele que é possível ser aceito pelas pessoas, bastava que ele acreditasse mais em si e que desenvolvesse a capacidade de controlar seu poder, justificando seu nome que significa "limite", ou seja, é como podemos enxergar o personagem até aqui, ele está sob uma linha tênue e um deslize que for pode trazer coisas muito ruins para si e para as pessoas próximas, por isso ele apresenta esse comportamento tão distante.

Gostei bastante desse flashback porque ele foi objetivo e não ficou se arrastando por vários capítulos, afinal como Gen está introduzido na história a certo tempo já percebemos a sua postura e agora conhecemos seus motivos para tal, outro ponto legal também foi esse elo entre ele e o Masamori, que vê potencial de crescimento no garoto. Voltando ao presente, o primogênito dos Sumimuras quer comprar briga mesmo com os outros membros do alto escalão da Urakai! Só o fato dele estar investigando e descobrindo certas conexões obscuras, nos deixa mais curioso do que poderá ser revelado, mas parece que ele ainda não tem forças o suficiente para encarar de frente um de seus pares, assim como vemos no seu embate com o Ichirou Ougi, que ainda questiona como ele está conduzindo o suporte aos kekkaishis em Karasumori e as dificuldades que eles têm enfrentado.


Uma obsevação importante, tanto na luta contra o Shishio quanto na luta contra o representante do Clã Ougi, Masamori manifestou a mesma aura negra que o Yoshimori no começo deste volume, indicando que é o mesmo poder e o irmão mais velho já o domina tranquilamente, vamos ver como será abordada essa possível nova habilidade. Como Shishio estava ameaçado de ser excluído da missão de proteger a terra sagrada, Yoshimori percebeu que precisava deixar o orgulho de lado e interviu junto ao Masamori em favor da permanência de seu colega, e ainda também pediu ajuda da Tokine para que eles possam trabalhar em grupo, além de acabar com os conflitos que perduram há 400 anos entre os clãs Sumimura e Yukimura. Demorou um pouco, mas parece que agora vai e temos consolidado um trio de protagonistas para seguirmos nessa misteriosa jornada sobrenatural.

Para encerrar, finalmente os três chegam a um consenso de que devem colaborar um com o outro para que consigam proteger Karasumori das ayakashis e a iminente ameaça chamada Kokubourou!


Gostou do post? Em caso de dúvidas, críticas e/ou sugestões para melhorar a análise dos próximos volumes, deixe seu comentário.

Até o próximo volume!

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