Free Talk 85 - Rebaixamento


Com duas rodadas de antecipação a tragédia verde no Campeonato Brasileiro ganhou cores escuras, pouco menos de dois anos do centenário da Sociedade Esportiva Palmeiras, o rebaixamento confirmou-se na partida de mais um rubro-negro como fora em 2002.


Em termos profissionais, é como se uma empresa decretasse falência, onde várias decisões que foram tomadas não surtiram os resultados esperados, como se manter funcionários renomados e com histórico positivo na mesma não fosse o suficiente para resolver os problemas com a alta cúpula da administração e dos funcionários mais humildes. Normalmente seria feita uma "limpeza" desde o presidente até os envolvidos indiretamente e permaneceria quem teria condições de reerguer o nome da organização, para renovar as expectativas e maneira de administrar. Isso aconteceu no Palmeiras?

Dispensaram uns 15 jogadores que eram pouco utilizados, colocaram a disposição mais uma meia dúzia e os que tinham vínculo até o fim do ano não tiveram seus contratos renovados. O presidente (omisso, incompetente e despreparado) mantém-se no cargo e trata tudo como um acidente de percurso, um acidente que acontece pela segunda vez em 98 anos de história, tradição e de confrontos contra Corinthians, Santos, São Paulo, Cruzeiro, Internacional, Flamengo, Botafogo, Boca Juniors, Juventus e Manchester United.

O Vice-Presidente mais preocupado em atrapalhar o trabalho dos poucos que se esforçam em manter o profissionalismo e sigilo que o futebol tanto cobra atualmente para que se tenha um mínimo de sucesso; o Gerente de Futebol, exímio ex-volante dos tempos gloriosos do clube, mostra a falta de perícia e pulso firme ao lidar com certas situações.

O Técnico ultrapassado, que limitou-se a expor os problemas internos mais famosos aquela música de mau gosto do Michel Jiló Teló, que pediu um smartphone convecional para a Diretoria e recebeu um celular monofônico, teve que lidar com jogadores com deficiências de fundamento incorrigíveis e que se consideravam mais importantes para o futebol do que realmente eram; muitas vezes a teimosia e falta de disposição transpareciam um comandante impaciente e desgostoso de sua função. Nem mesmo o troféu tão esperado e comemorado da Copa do Brasil (como se fosse a Libetadores de 99) conseguirá apagar essa mancha entre os divorciados Palmeiras e Luiz Felipe Scolari.

Quanto aos jogadores que participaram desta desgraça, meus pêsames apenas aqueles que entraram em campo, honraram a camisa e tiveram capacidade técnica para resolver alguma coisa, porque se esforçar e não ter competência para ganhar não é suficiente em nenhum campo da vida, correr apenas é coisa de atletista e não jogador de futebol, sem falar que ficar mais tempo no departamento médico do que em campo é algo para quem está doente e não constantemente azarado, a sorte não some assim por três anos.

Aos torcedores palestrinos, tenho apenas uma mensagem: são nos momentos de dificuldade que provamos o nosso amor, um relacionamento não dura quando ambos os lados se abandonam nos piores momentos, rir e declarar a paixão nos dias de alegria é muito fácil, bater no peito e dizer que torce para tal time quando ele conquista um título importante não exige esforço, e tenho muito orgulho de afirmar que virei palmeirense depois de acompanhar aquele calvário de 2003 com um time que colocava o hino do clube na ponta dos pés, e assim espero que em 2013 aconteça e ressurja aquele Alviverde Imponente no gramado em que a luta o aguarda.

Até a próxima!

Comentários