Free Talk 93 - Ciclo


Tudo tem um início, meio e fim. Um ciclo. Pode começa e terminar quando menos esperamos ou quando temos consciência que ele existe. Não parece, mas o reinício é uma das poucas constantes que podemos ter na vida...

Como a imagem sugere, essa série de mudanças tem seu princípio desde que nascemos, conforme crescemos e amadurecemos fica mais delineada. Enquanto crianças, brincar e estudar são nossas maiores "preocupações", parece que vai durar uma eternidade tudo aquilo, até que o tempo passa e percebemos que não é mais tão atrativo ficar correndo de um lado para outro ou brincar com aquele boneco de desenho animado cria tanta vivacidade quanto antes.

Chega a adolescência e começa a frescura o drama da transição de mundos, a responsabilidade de pensar em ser alguém, aprender a entender que o mundo é algo muito mais amplo que a rua em que vivemos ou casa de nossos parentes que vemos nos fins de semana. A inocência começa a perder lugar para a malícia, agora aquela amiga de infância ou colega de escola mexe com áreas antes não exploradas pela consciência e coração, são tantas transformações que entorpecem essa fase que oscilamos em comportamentos, decisões, princípios, convívios e tantos outros aspectos. Felizmente, é um ciclo e tudo se encerra quando terminamos a escola e decidimos qual caminho ideal podemos seguir.

Ideal porque nos deparamos com a realidade desagradável e séria que ao mesmo tempo que nos oferece a liberdade, também cobra a responsabilidade por tamanha flexibilidade de escolhas. Com algumas pessoas a malícia perde lugar para a maledicência, aprendemos que ser adulto não é tão simples e não precisa ser tão dramático quanto achávamos na adolescência, o peso do fracasso é maior e se não trabalharmos o mesmo para isso virar um impulso para conquistarmos nossos objetivos, paramos no tempo, perdemos para nós mesmo, não conseguimos acompanhar os demais nessa jornada maluca chamada vida.

Escrever faz parecer tudo isso fácil, manter a mente aberta para recalcular o que se espera, planeja e executa é uma tarefa muito difícil, entender que uma, duas, três derrotas não devem comprometer o que queremos, ninguém sofre e perde algo ou alguém por acaso, muitas vezes precisamos passar por essas experiências para apreciar o que estar por vir ou continuar trabalhando continuamente para que a recompensa venha no momento certo. Existe uma frase que lembra que é melhor estarmos preparados e não ter oportunidade, do que tê-la e não saber o que fazer com ela; a sensação de despreparo nos sufoca ao percebemos que foi por causa dele que não conseguimos obter o desempenho esperado na situação.

Devemos adquirir consciência de quando estamos tentando algo e aquilo não está trazendo o resultado que esperamos, é o momento de rever e entender que um ciclo precisa ser encerrado, de que o que se deseja talvez não é para ser nosso, que aquele não é o momento, lugar ou pessoa ideal para nós, de que é necessário reiniciar a execução do plano em vez de insistir no inalcançável ou improvável, que é a hora de sair de cena para dar espaço para outros que precisam dessa oportunidade. O medo ou comodismo não deve nos prender de buscar o que é melhor para nós e que não seja prejudicial ao próximo.

Até a próxima!

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