Análise: Fairy Tail (volume 2)


Autor: Hiro Mashima
Gênero: Ação, Aventura, Comédia, Drama, Fantasia
Período de publicação: 2006 - Em andamento
Serialização: Weekly Shonen Magazine (Editora Kodansha) / Editora JBC
Número de volumes: + 27

VOLUME 2 – DAYBREAK

Sinopse: No primeiro trabalho da feiticeira celestial, Natsu, Lucy e Happy precisam se infiltrar na biblioteca do Duque Everlue para encontrar e destruir o exemplar único da obra DayBreak. Por sorte, o proprietário do livro está a procura de uma bela candidata loira para trabalhar como empregada em sua mansão...

ATENÇÃO: Essa matéria contém spoilers (revelações) sobre a história. Se você não leu ainda, por favor não continue! Este blog não se responsabiliza pelas consequências.


Vou começar informando que as sinopses do volume que coloco no início da postagem são originados do site da Editora JBC, responsável pela publicação do mangá no Brasil. Deixando isso de lado, vamos ao que interessa! No volume anterior, a equipe formada por Natsu, Lucy e Happy saíram para uma missão que a princípio valia pouco, mas passou para 2 milhões de Jewels para recuperar um livro chamado DayBreak. Como essa é a primeira missão da feiticeira novata, pode-se ver um pouco mais de sua habilidade com os Espíritos Celestiais, que inclusive foi abordado no volume anterior e mostrado que ela possui 3 dos 12 Espíritos do Zodíaco, o que é um dos objetivo que a personagem possui na história, seria muito ruim se a única coisas que ela tinha em mente fosse entrar na Fairy Tail. Vamos ver o que vai acontecer quando ela completar essa coleção raríssima de “armas”. 


Outro aspecto que se pode perceber é o quanto o autor sensualiza as aparições da Lucy, seja com closes ou poucas roupas, parece uma princesa do cosplay que vive trocando de roupas. Não que isso seja ruim, mesmo porque é uma mulher, às vezes fica uma coisa que não pega bem para a imagem do mangá, quase que um apelo ecchi. É bem comum nos mangás do gênero utilizarem sempre o mesmo figuro por quase toda a história, são poucos os que mudam nesse sentido, porém não se pode abusar tanto da possibilidade de vestir o personagem. Já na mansão do cliente, a moça fica muito desconfiada com a alta recompensa para a destruição do livro, qualquer um ficaria com a pulga atrás da orelha se pagassem tão bem para fazer algo tão simples e estranho, o que fez levantar a hipótese de que algo não estava certo; independente disso, o eufórico Natsu saiu correndo para acabar com a missão. Chegando na Mansão Everlue, Lucy acaba sendo rejeitada pelo gosto exótico do Duque, há quem goste de mulheres do mesmo tipo que as empregadas toupeiras dele, porém sou adepto daquela frase do Vinícius de Moraes: “As muito feias que me perdoem, mas beleza é fundamental”, ainda mais nesse caso!


Para ganhar tempo para a Lucy ler o conteúdo do livro, o Natsu começa a batalha com Irmãos Vanish (isso me lembra alguma propaganda...), dois magos de uma guilda de mercenários, uma nova modalidade de magos que fazem qualquer coisa por dinheiro. No combate, os mercenários comentam sobre a fraqueza física que muitos magos têm, pois se preocupam apenas em aprender a dominar várias magias, e concordo bastante com o que eles dizem. Muitos mangás atualmente se preocupam em evoluir os poderes dos personagens e não se atentam a fazer os caras cuidarem da parte da resistência física, parece que treinar não é mais importante que já ir adquirindo habilidades. Seria muito bom ver o pessoal da Fairy Tail ficar sem magia durante um período para saber como eles sobreviveriam. No final de tudo, o livro era uma homenagem para o filho do escritor que estava querendo destruir o presente do pai, graças a Lucy isso foi evitado, que pretende virar uma escritora de romances. Achei uma cena do Kemu Zaleon cortando o braço depois de escrever uma obra “ruim” pesada e bacana, foi de muita coragem e macheza fazer aquilo, nem sempre quando alguém perde alguma coisa é tão impactante quando se falta um motivo, e nesse caso o ato foi muito significativo.


Agora vamos a parte mais importante desse volume, abordando aspectos mais sérios da história como a Liga das Guildas, que é a união das guildas legais para discutir e fiscalizar as atividades de vários feiticeiros da região, e para se opor as pessoas “certinhas”, temos as Guildas das Trevas (ou se preferir Dark Guilds), o que pode gerar vários conflitos futuramente na história, principalmente por disputa de poder e a hegemonia no mundo. Após isso, temos a apresentação de uma das personagens mais importantes do universo de Fairy Tail: Elza Scarlet, também conhecida como Titânia, que já chega tocando o terror em vários membros da guilda, inclusive no Natsu e o Gray, que protagonizam momentos engraçadíssimos ao sentirem a presença da moça.


Não bastasse sua aparição, ela ainda vem com problemas referentes as guildas maléficas (pareceu muito conveniente tamanha coincidência), tanto que ela pede ajuda para Natsu e Gray, formando assim o grupo mais forte da Fairy Tail, segundo a Mira. Achei exagerado essa parte porque nem se conhece todos os membros da guilda para poder avaliar isso, é melhor esperar antes de tirar tal conclusão. Algo realmente interessante vai acontecer depois desse arco: o confronto entre Natsu e Elza, mesmo não conhecendo muito as habilidades dela, é algo que desperta a curiosidade de qualquer um, espero que seja um duelo sério...


O foco do arco é um objeto amaldiçoado chamado Lullaby, capas de realizar uma canção de encantamento que pode matar pessoas, criado pelo feiticeiro Zeref (seria legal encontrar esse cara, será que ele está vivo?). Não se sabe exatamente como a Eisenwald conseguiu esse item tão perigoso e que está nas mãos do Erigor, mas que isso vai se tornar um problema muito grande, não há dúvidas.

Achei um verdadeiro desperdício inserir um personagem que tem um poder elemental como o vento já no início do mangá, o Mashima poderia esperar mais um pouco antes de usar tal carta. Em contrapartida, o Kageyama é uma cópia descarada do Shikamaru do mangá Naruto, tanto na aparência como nos poderes (manipulação das sombras), simplesmente não gostei de ele fazer esse tipo de coisa, poderia usar um pouco a imaginação antes de colocar um cara assim nessa saga. Não se sabe ao certo qual será o alvo de Erigor, que possui a Lullaby, mas é bem provável que o estrago que causará não será nada pequeno!!


Gostou do post? Em caso de dúvidas, críticas e/ou sugestões para melhorar a análise dos próximos volumes, deixe seu comentário.

Até o próximo volume!

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