Falar sobre morte sempre é um assunto difícil, ainda mais quando se perde alguma pessoa próxima ou que está no nosso dia-a-dia, enquanto vivemos aprendemos a cairmos e levantarmos diante de nossas dificudades, crescemos e aprendemos com toda essa experiência de quebrar a cara, só que tudo isso deixa marcas, cicatrizes e até feridas abertas que não estancam. Isso faz parte de estarmos vivos, ficamos perdidos sem saber o que fazer às vezes, mas a maior dificuldade que um ser humano tem é superar a morte, seja de alguém ou a própria, todos seremos levados por ela querendo ou não, sabemos que esse é o ponto de chegada das nossas vidas, apenas não sabemos quando.
Estamos expostos as piores coisas possíveis nesse mundo: fome, frio, violência, negligência das autoridades e a ignorância de nossos semelhantes, fatores que despertam a revolta em qualquer um que tenha o mínimo de sentimentos, o grande problema é que não sabemos como lidar com tantos problemas, bate uma certa impotência. Veja as palavras que destaquei: morte, revolta e impotência, todas elas estão bem interligadas quando alguém parte para outro lugar que não conhecemos, acredito que as boas pessoas ganham o seu devido descanso e aqueles que não foram tão bons assim encontram algum tipo de conforto ou nova chance para consertar seus erros. É um mistério para os vivos o que vem depois para quem morre, o certo mesmo é o que as pessoas que ficam sentem: tristeza, saudade, desânimo e mais algumas sensações que marcam para sempre alguém.
Muito se fala de que podemos superar aquele momento de dor, não acho bem isso, podemos reagir de maneira serena e voltarmos a normalidade, mas esquecer o que aconteceu e aquele sentimento é praticamente impossível, simplesmente somos forçados pela natureza a seguirmos em frente e não sermos assolados por tal perda pessoal. A morte é algo inevitável e faz parte do ciclo da vida, podemos até tentar encontrar alguma resposta para qual é o sentido de tudo isso, só que no final todos acabaremos da mesma forma.
Até a próxima!
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