Free Talk 51-52 - Nada + Virtualização

E aí, visitantes deste blog largado, tudo certo com vocês? Espero que sim, hoje teremos aquele post duplo para acabar alegrar seu dia, motivado pela minha preguiça disposição de publicar dois free talks em uma semana, em vez de duas. Os assuntos de hoje tornaram-se inevitáveis de não se comentar, então desista continue a leitura e tire suas conclusões!

FREE TALK 51 - NADA


Esse post era para falar do Rock in Rio, porém não consegui ver nenhum show direito e não estou com disposição para ficar fazendo uma extensa pesquisa sobre o evento, para quem teve um tempo livre e acessou a internet, viu vários portais destacando o Pop Rock in Rio (tá, essa piadinha ficou batida). Nas últimas oportunidades essa festa musical aconteceu em outras cidades (Madrid e Lisboa), claramente sem nenhuma ligação com o seu título. Bom é melhor parar aqui, isso é resultado de quando falta assunto, acabo falando o que não precisa...

O tópico de hoje é justamente sobre o que não ter o que fazer ou falar, o nada, o vazio, então deixo aqui minhas considerações sobre o tema:












Opa! Fiquei algumas linhas sem fazer nada, a essa altura muitos devem ter fechado esta página e foram fazer outras coisas mais úteis, aqueles que chegaram nesse parágrafo devem estar me xingando ou rogando uma praga para os meus descendentes!! Independentemente disso, o nada gera uma reflexão profunda, lembro que quando estava no ensino fundamental, o professor de português mandou fazer uma redação sobre o nada. Parece até um absurdo, mas isso pode render um texto bem filosófico, um livro abordando uma conexão entre o tópico e o que vivenciamos no decorrer de nossas vidas bacaninhas. Não faço a mínima ideia do que escrevi naquela redação, mesmo porque já fazem mais de 5 anos, se tenho dificuldades para lembrar o que jantei ontem, então nem precisa comentar a chance de saber o conteúdo da redação...

Não fazer nada é muito grave, só não é pior do que pensar em nada, que por sua vez não é pior do que não sentir nada por ninguém e por si mesmo, a sensação de vazio deve ser algo destruidor, a sobrevivência do indivíduo é colocada em xeque. Pode-se dizer que a pessoa acaba cavando a própria cova quando a mesma não se envolve com ninguém ou não tem seus objetivos de vida bem definidos, chega um ponto que ela ficará perdida sem saber para onde e como ir; planejar e ter eficiência na execução salva qualquer ser de uma existência vazia.

Nem a preguiça, que não faz nada, tem vida fácil!
É bem comum associar o nada a aspectos negativos, acho que nem quando se espera que a natureza cuide dos problemas ficar sem fazer nada pode ser bom, pelo menos torcer para que tudo se resolva já é deixar de  ficar sem fazer nada. Confuso, né? Isso serve para mostrar como o nada pode ser mais complexo do que se imagina. Então em vez de você ficar aí sem fazer nada, vá ler um livro, passear, estudar, trabalhar ou fazer algo divertido, porque quem fica parado acaba acumulando água e atraindo o mosquito da dengue perdendo o pouco tempo que tem aqui na Terra, ou você acha que vai viver eternamente? (hahaha)

FREE TALK 52 - VIRTUALIZAÇÃO


Esse post vai para você que fica aí navegando pela internet sem se preocupar com o mundo lá fora! Calma, era só brincadeira, se bem que tem muita gente que está trocando a vida normal pela virtual sem se preocupar com as consequências que essa escolha pode trazer para ela. Vamos tentar entender um pouco porque e como isso acontece atualmente, mas antes veja (ou reveja) o que escrevi sobre redes sociais para ilustrar um pouco mais essa breve leitura.

Evolução tecnológica


É inegável que a tecnologia evoluiu de uma maneira extraordinária e melhorou muitos aspectos das nossas vidas, antes para se fazer alguma coisa simples levava-se um tempo muito grande e hoje não é mais assim. Para se comunicar a distância com alguém era necessário usar carta, telefone do vizinho ou orelhão que usava as fichas; agora se você quiser falar com alguém é só mandar um SMS, mensagem via facebook, enfim a facilidade para se comunicar é extrema, mais do que se falar pessoalmente. Porque isso? Todos têm seus deveres durante a semana (e até fins de semana), então um encontro pessoal torna-se mais difícil, mas não impossível, desde que a pessoa queira realmente se encontrar com a outra. A importância de alguma ferramenta varia de acordo com a sua sua utilização, então não adianta nada termos tantos dispositivos eletrônicos e tantas facilidades se não sabemos usufruir deles adequadamente, quanta vezes não vemos alguém com um celular moderníssimo, mas que não sabe usar toda a capacidade que o aparelho tem? Nesse caso, a tecnologia acaba se tornando algo inútil, e quando uma pessoa usa apenas redes sociais para se aproximar e se envolver com as pessoas, sem passar para o plano pessoal, a tecnologia se torna, de certa maneira inútil também.

Tamanha dependência da tecnologia para fazer as atividades do cotidiano e interagir com outras pessoas cresce gradativamente, gadgets são lançados a rodo melhorando (e complicando) a vida de inúmeras pessoas, até quem não entende muito se vê envolvido nesse mundo eletrônico.

Dificuldades de aproximação


Isso é um problema bem comum e às vezes mal interpretado, confunde-se muito com antipatia, arrogância e outras associações negativas, e em boa parte dos casos não é bem assim, o mundo valoriza quem é mais extrovertido e comunicativo, menosprezando as pessoas que se não se enquadram neste estereótipo. Tentar se relacionar com as pessoas ao vivo com a cara e a coragem torna-se extremamente difícil para alguns seres humanos, então as redes sociais oferecem oportunidades para quem tem dificuldades de aproximação, funcionando como um "quebra gelo" e não expondo tanto uma pessoa. Pode-se considerar a "salvação" de muitas pessoas tímidas, quem não tem um círculo social muito amplo e que gostariam de melhorar suas relações com os outros seres desse planeta.

Desumanização das relações


Será que escrevi certo esse tópico? Exemplificar é mais fácil do que ficar discutindo: já vi pessoas que não se falam pessoalmente, mas quando uma está distante faz de tudo para entrar em contato com a outra como se fosse absolutamente NORMAL ignorar a existência da outra quando se encontram; há também casos que o cara não tem nem a dignidade de convidar a menina para sair pessoalmente, prefere utilizar mensagens, MSN, orkut, facebook; o cidadão não tem nem a descência de pegar a droga do telefone, conduzir a conversa e convidar a moça... O que parece é que estamos sofrendo um retrocesso nas relações humanas, em vez das pessoas se empenharem para não depender tanto assim desses recursos, estão se afundando e sobrevivendo graças a eles. Veja bem, não estou dizendo para acabar com todas essas ferramentas de relacionamento, mas tentando entender porque prioriza-se mais o relacionamento via internet do que o pessoal, mesmo quando as pessoas não estão tão longe uma das outras.

Vida real x Vida virtual


Ultimamente o facebook tornou-se muito popular, muita gente que você deve conhecer (e desconhecer) fez uma conta nele, mas o que realmente tem chamado a atenção é o quanto ele tem inutilizado outras ferramentas (mensagem instantânea, orkut e twitter), transformando-se em um mural de exposições desnecessárias. O que tem de cidadão/cidadã postando coisa com coisa é incrível, cada "pérola" que se pode ler enquanto estamos logados que me levou a pensar porque a situação chegou nesse ponto de avacalhação. Aí vem um leitor revoltz e pensa: "Seu maníaco por mangá, você também tem facebook e tá falando isso por quê?", o motivo é simples: o limite entre expôr partes de sua vida e ser uma pessoa chata que coloca qualquer coisa que acontece consigo é muito tênue, e o que vem acontecendo é que estão extrapolando essa linha delicada, fazendo o facebook não só um lugar para compartilhar informações entre várias pessoas, mas também um belo reality show de humor, onde algumas atualizações causam vergonha alheia e/ou risadas inevitáveis (agora vão me xingar de verdade!)

Tem gente mais preocupada em fazer algo para postar lá do que fazer porque tem que fazer, parece que a vontade de evidenciar seu dia-a-dia detalhadamente é muito grande, gera algum tipo de satisfação pessoal, só consigo imaginar que seja isso, porque nem sempre as atitudes virtuais se aproximam das reais. Serei sincero, consigo ter maior facilidade para escrever aqui várias linhas do que ficar falando a horas sem respirar, é uma característica minha e aceito tranquilamente, cada um tem seu jeito de se expressar e se expôr, uns são mais expansivos, outros não, o que pode gerar um conflito entre o que a pessoa é na vida virtual e na vida real.

O certo é ter atitudes coerentes em vez de viver uma fachada na internê, achando que é o f*dão (Mãe não leia este post), mas na realidade não passa de um coitado(a) que busca aprovação social em vez de correr atrás de seus objetivos e, porque não, da felicidade.

Realidade futura


Sinceramente, imagino um cenário parecido com o de Matrix, onde as máquinas mandam nas pessoas... Tá, falando sério, as pessoas mais e mais se preocuparão em ter uma vida virtual ativa do que a real, já tem gente que nem sai mais de casa para fazer algo saudável. A imagem que mais chamou a minha atenção nesse post foi do casal se beijando através do computador, claro que isso é "fichinha" em comparação ao que se ouve que as pessoas fazem via webcam (se falar aqui serei censurado), mesmo assim o cenário futuro não é lá muito animador. Cabe a quem tem o mínimo de natureza humana lembrar que a sensação que se tem ao fazer algo na vida real é incomparável ao que se faz na vida virtual.

Até a próxima!

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