Análise: One Piece (volume 2)


Autor: Eiichiro Oda
Gênero: Ação, Aventura, Comédia, Drama, Fantasia
Perído de Publicação: 1997 - Em andamento
Serialização: Weekly Shonen Jump (Editora Shueisha) / Panini Comics
Número de volumes: + 66

VOLUME 2 - VERSUS!! O BANDO DO PIRATA BUGGY

Sinopse: Luffy Chapéu de Palha não está mais sozinho em sua jornada, depois de admitir em sua tripulação o famoso espadachim Roronoa Zoro, o Caça-Piratas! Mas um imprevisto os separa, colocando Luffy no caminho do Bando do Pirata Buggy, o Palhaço, que está aterrorizando uma pequena cidade portuária! E ele também conhece uma misteriosa ladra, que promete muita confusão e trapaças por onde passa!

ATENÇÃO: Essa matéria contém spoilers (revelações) sobre a história. Se você não leu ainda, por favor não continue! Este blog não se responsabiliza pelas consequências. 


Olá queridos leitores, como estão? Sentiram a falta de One Piece? Não desisti de fazer a análise do mangá, esta é uma postagem mensal, mas como a Panini demorou um pouco para lançar o volume 3 não adiantaria nada fazer o segundo em Abril e ficar mais um mês esperando, pode acontecer mais desse tipo de atraso. Enfim, ficaremos com um volume atrás em relação a edição brasileira, nada que seja desesperador para ninguém, espero que entendam a situação, quem sabe futuramente saiam duas análises no mesmo mês! Diante da meta de Luffy encontrar uma navegadora para seu bando, encontramos Nami fugindo dos piratas do Buggy, ela é tão boa no assunto que foi capaz de prever precisamente o que aconteceria com o tempo no volume anterior. Em falar no capitão palhaço, como é hilário quando ele troca as palavras e acha que as pessoas estão debochando de seu belo nariz!


Luffy e Nami iniciaram a conversa mais pelo interesse da ladra em juntar um bilhão (exageraram na tradução, não foi tudo isso que vi em alguns scans) de berries para comprar uma vila, e vendo como o Chapéu de Palha se livrou dos inimigos antes, ela acredita que o sujeito será de grande ajuda, enquanto no outro lado, o pirata se empolgou ao descobrir as habilidades de navegação dela, resultando no convite para moça fazer parte do seu bando pirata. Porém, assim como Zoro, ela demonstrou resistência a ideia, justamente por não gostar de piratas, então podemos desconfiar que ela tem motivo para essa aversão, o espadachim não queira ser um pirata para alcançar seu objetivo sem ser um fora da lei, só que a situação que ele se encontrava não deixou alternativas para uma melhor escolha.


Luffy demonstrou o valor da amizade por Shanks, representado pelo chapéu que recebeu, isso foi bem legal, além do que veremos por vários momentos e diversas formas essa exaltação aos laços entre as pessoas, característica muito comum nos mangás da Shonen Jump. O protagonista tem um jeito muito idiota e ingênuo que facilita os inimigos criarem armadilhas, como a feita pela ladra; a palavra traição é bem comum no vocabulário dela, ela troca de lado com uma grande facilidade... Haja sangue frio para agir desse jeito! Como pirata gosta de uma farra, tudo é motivo para festa quando não se está em alto-mar batalhando, então nem precisava imaginar muito o que Buggy e seu bando palhaço estariam antes de Nami entregar o Luffy. A Tokusei Buggy-dama (Buggy-bola Especial) tem um poder de destruição fora de série, acabou com várias casas em um único disparo, é para deixar todo mundo assombrado! E para piorar a situação, a garota ficou no dilema de atirar ou não o canhão para acabar com seu “ex-chefe”, e por mais pilatra e enganadora que fosse, não queria fazer algo que a tornasse tão suja quanto um pirata. Vejo como um questionamento positivo, isso mostra que a personagem tem princípios apesar de tudo.

Luffy ilustrou bem a situação, ela não estava preparada para se arriscar a fazer o que mais queria e ainda sabemos superficialmente o motivo pelo qual ela odeia piratas, já que ela perdeu alguém importante por causa de algum que ela conheceu no passado. Zoro apareceu na hora certa para salvá-la, convenhamos que será normal as pessoas estranharem o famoso “caça-piratas” optar por ser um pirata de verdade.


Buggy tinha citado sobre um Akuma-no-Mi, só não tinha explicado que tratava-se do BaraBara-no-Mi (Fruto Picadinho), que simplesmente transforma o usuário em pedaços, impossibilitando por exemplo de alguém cortá-lo como Zoro tentou fazer, quanta criativiade do Oda para inventar essas habilidades. O nível de insanidade do Luffy é tão grande que além de xingar o inimigo do jeito que mais odeia, ainda desafia-o a levar um soco mesmo preso na gaiola. Ao carregar a jaula com seu capitão, o espadachim quis mostrar para Nami que independente da situação, ele resolveria do seu jeito e não abandonaria seu amigo.


O pirata narigudo palhaço enlouqueceu com tudo que estava acontecendo e ficou bem mais sério, convocando o imediato Mohji, o domador de feras para deter Roronoa, que estava ocupado assistindo o cão engolir a chave da jaula onde Luffy estava (hahaha). A história do Chouchou com a loja serviu de comparação com a de Luffy e seu chapéu de palha, já que para ambos os bens deixados por seus amigos são como tesouros muito importantes. Drama a parte, começaram os confrontos com Monhji e Ritchie versus Luffy fora da jaula, o que serviu para deixar o protagonista mais empolgado em conseguir sua navegadora e roubar o mapa da Grand Line para conquistar o One Piece.

Tem algo que gosto bastante no mangá é a maneira como o protagonista observa as coisas e pega o problema dos outros para si, ele pode ser um completo idiota, mas é um que ajuda as pessoas sem hesitar e com muita determinação como no caso do cãozinho, no final das contas, Chouchou deixou a loja depois que aconteceu a luta. Não é muito surpreendente que piratas tenham a fama de saquear, destruir e matar pessoas inocentes só para satisfazer sua vontade, o prefeito e a Nami são exemplos de pessoas que sofreram por causa da maldade dos mesmos, imagine o esforço que tiveram para construir a cidade e agora tiveram que lidar com a invasão por parte do Buggy.

Após tanta discussão, Nami aceitou ajudar Luffy a conseguir o mapa para chegar a Grand Line, enquanto isso, mais um imediato entra em cena para complicar a situação: Cabaji, o acrobata, que assiste seu capitão enfezar-se com as provocações do prefeito, que levantou mais uma vez a questão do tesouro que cada pessoa possui, mas quem provocou Buggy de verdade foi o Luffy! Coitado do Mohji que foi arremessado e chutado por não ter avisado sobre os poderes do chapéu de palha e evitado o revide da Buggy-dama.


Para equilibrar os confrontos, Cabaji precisou enfrentar o Zoro ferido, só que o pior mesmo foi ver o segundo imediato tirar vantagem do ferimento do espadachim, e querendo ou não, Luffy queria ver até onde seu companheiro conseguiria suportar com todas as dificuldades impostas pela situação. Roronoa estava delirando tanto que até cortou a si mesmo! O seu discurso estava dentro daquilo que ele tem como meta, ou seja, tornar-se o melhor espadachim do mundo e por isso não pode fraquejar diante de adversários inexperessivos. Acabou não sendo um adversário difícil, o que gostei mesmo foi o autor destacar a luta nesses capítulos, ela não ficou em segundo plano por ser um coadjuvante envolvido.


Muitas acontecimentos marcaram este volume, além disso quase não precisou falar dos aspectos técnicos, as cores da capa ficaram melhores do que no primeiro encadernado nacional; no sumário, a segunda caixa de texto tem letras meio apagadas, talvez seja um problema na hora da impressão; no geral a Panini Comics manteve o ótimo trabalho.

Para finalizar, Luffy expõe seu objetivo de tornar-se o rei dos piratas para Buggy, que por sua vez lembra de um “ruivo” que conheceu quando era mais novo! Será este ruivo Shanks?


Gostou do post? Em caso de dúvidas, críticas e/ou sugestões para melhorar a análise dos próximos volumes, deixe seu comentário. 

Até o próximo volume!

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