Análise: Fairy Tail (volume 4)


Autor: Hiro Mashima
Gênero: Ação, Aventura, Comédia, Drama, Fantasia
Perído de Publicação: 2006 - Em andamento
Serialização: Weekly Shonen Magazine (Editora Kodansha) / Editora JBC
Número de volumes: + 30 

VOLUME 4 - A ILHA AMALDIÇOADA 

Sinopse: Apenas cinco integrantes da Fairy Tail têm acesso ao quadro de serviços do segundo andar da Guilda, onde são afixados os serviços classe S – missões que envolvem um grande risco de morte. Mas um gato voador quebrou as regras, roubando uma das missões na calada da noite… Quem irá impedir Natsu, Lucy e Happy de seguirem rumo à ilha amaldiçoada Galuna?!

ATENÇÃO: Essa matéria contém spoilers (revelações) sobre a história. Se você não leu ainda, por favor não continue! Este blog não se responsabiliza pelas consequências. 


Ufa! Depois de três meses voltamos com a análise de Fairy Tail! Peço desculpas para aqueles que aguardaram por esse período, infelizmente tivemos essa pausa por motivos de força maior, mas agora a situação está normalizada e a periodicidade desta postagem será mensal como nos primeiros volumes, a garantia é de que continuará assim durante 2012, se não acontecer mais nenhum imprevisto. Espero não ter perdido o ritmo para escrever uma matéria que faça um pouco de sentido!

Anteriormente, a luta entre Natsu e Elza foi interrompida pela ordem de prisão que o Conselho Mágico enviou para a maga pelos eventos ocorridos na arco da Lullaby, convenhamos que o grupo de magos, como autoridade respeitada, está tentando impor a ordem no Mundo Mágico para não virar uma algazarra total. Nesse meio tempo, temos um encontro interessante entre Titânia e Siegrain, que não só demonstra conhecer ela, como pede para não citar “aquele assunto”, não imagino o que seja, talvez algo referente a ascensão dele no Conselho, porque a maioria ali são pessoas com um certa idade e ele aparenta ser um cara novo demais para ser um mago “experiente”.


Enquanto isso, o pessoal da guilda ficou na expectativa esperando pelo desfecho dessa história, mesmo porque eles não podem sair chutando tudo por se tratar de uma organização que está além do poder deles, qualquer vacilo e perdem tudo. O que ninguém percebeu que o único que faria tamanha tolice, Natsu, foi auxiliado por Macao e fugiu para salvar a Elza, já é possível imaginar o estrago que ele vai fazer...

Voltamos para o julgamento e vemos o holograma de uma figura toda sombreada, provavelmente o chefe do Conselho, porém ainda ficamos sem uma resposta sobre quem poderia ser... aí tem coisa! Nem demorou muito tempo e vemos a invasão da Elza “traveco” destruindo tudo para "alegria" da original (hahaha), e no fim de tudo não passou de um teatrinho para mostrar que ninguém pode fazer atrocidades mundo a fora sem punição. Agora vem uma parte esquisita, com Siegrain afirmando que o Natsu está na Fairy Tail, como se ninguém soubesse... ainda mais ele que sempre está prestando atenção nos passos da guilda, achei uma indagação inútil por parte do personagem.


Depois de uma noite na prisão, voltamos para a guilda e temos Natsu finalizado pela Elza (algo esperado), mas o que realmente interessa nessa parte da história é sobre os sistemas de missões e a apresentação dos magos mais fortes da Fairy Tail. Primeiramente sobre as missões, achei uma medida clichê e previsível, mais cedo ou mais tarde o autor teria que utilizar esse recurso, o grande problema é como ele vai administrar a dificuldade das mesmas, isso pode destruir futuras missões realmente complicadas. Referente a hierarquia dos mais fortes da guilda, que inclui Mystogan, Laxus, “aquele velho”, Elza e mais uma pessoa (que não é o mestre), mostra como o nível de poderes são equilibrados. O que mais chamou atenção mesmo foi Laxus, com uma personalidade desprezível e excêntrica, espero que esse falatório de que ele é muito forte não seja apenas uma enganação...

Toda essa história de missão classe S desencadeia uma nova saga como na história do Duque Everlue, mesmo que seja salvar uma ilha amaldiçoada, a questão foi que o Happy pegou o anúncio sem autorização e convenceu a Lucy interesseira a participar, mesmo com a resistência inicial da mesma. Parênteses para detalhes técnicos: como é que pode estarmos no volume 4 e encontrarmos palavras como “é nóis”, “v’ambora”, “simbora”? Sinceramente é de lascar o peão, não queria ficar perdendo parágrafo com isso, mesmo assim parece inevitável falar da leitura coloquial que o consumidor brasileiro de Fairy Tail é exposto, simplesmente lamentável.

Como a Mirajane é cool, depois que ela subiu no segundo andar e olhou daquele jeito para o Laxus, nem precisaria imaginar o que passou na cabeça dela! O problema é que vai sobrar punição para o trio fujão, e convenhamos, é o mínimo que se pode fazer para colocar ordem na situação. Em Hargeon, Natsu, Lucy e Happy tentam encontrar um barco para chegar na Ilha, mas a única coisa que eles encontram é uma população se borrando nas calças só de pensar em se aproximar do lugar, dificultando a missão.


Tudo isso até o Gray aparecer para buscá-los e evitar a expulsão do trio, no meio da confusão, foi possível achar um corajoso que os levassem para a ilha, parece que o cidadão tinha seus motivos... mesmo assim, o problema da ilha mostrou-se mais sério do que parecia. Mais tarde, Bobo (que nome sensacional) revela os problemas de Galuna e desaparece do nada para aumentar o mistério sobre a Maldição do Demônio. Um fato irônico foi ver o Happy procurando o cara no mar, só eu pensei que gatos tivessem medo de água?!

Vemos um lugar parecido com aquele monumento localizado na Inglaterra chamado Stonehenge, pessoas participando de algum tipo de culto religioso misterioso. Depois que a galera do Natsu (que coisa mais Sessão da Tarde) foi atingida por um Tsunami e largada na costa da ilha, Gray decide participar da missão classe S, porque quer um pouco de prestígio e não gostaria de ver os outros expulsos da guilda, pois as coisas deixariam de ser interessantes, mais um discurso clichê.

Finalmente chegamos na parte das explicações, onde a Maldição da Lua é relacionada a mudança da mesma para cor violeta, e transforma os cidadãos em monstros bizarros, aí vira a Maldição do Demônio, por isso o medo das pessoas ao redor da Ilha Galuna. Eis que vemos a foto de Bobo, uma grata coincidência o cara do barco ser o filho do ancião da aldeia. Não acho que seja um fantasma como o Gray falou, está mais para um vivo fujão mesmo. A missão é moleza, só destruir a Lua, assim como o Piccolo fez em Dragon Ball, só lá mesmo para fazerem isso...

Na busca de soluções para o problema, encontraram uma ratazana gigante e um templo abandonado, não podemos deixar de citar que Lucy, além de ser a protagonista, faz a veia cômica da história. Fico me perguntando o porquê de alguns autores não utilizam tão bem as personagens femininas quanto os masculinos, principalmente em mangás voltados para garotos (shonen), melhor deixar essa discussão para outro dia. Outro detalhe que não agrada muito em Fairy Tail são os textos óbvios, que lembram o estilo de Tite Kubo (Bleach) e Masami Kurumada (Saint Seiya), não quero que fique a impressão de ser algum tipo de perseguição, mas acho que tem partes que o Mashima faz seus personagens falarem coisas desnecessárias que até subestimam os leitores.


Após encontrarem Deliora, Gray reconhece a criatura, que fora selado por sua mestra Ur. Só de ver o tamanho do monstro, é possível imaginar a destruição em massa que ele causou. Parênteses para detalhes técnicos: nome de técnicas como Ice Make (Gelo, faça) não ficaram tão mal adaptados, porém sou a favor de que o nome original seja mantido no balão da fala e a tradução venha no rodapé da página, dentro do próprio balão ou em um glossário, mas isso é apenas uma questão de gosto e opinião.

Outro ponto confuso foi sobre o Iced Shell (Concha de Gelo), Gray primeiro fala que o Natsu não pode chegar perto, depois fala que o gelo pode derreter, depois diz que só uma magia muito forte acaba com o gelo... faltou coerência no discurso e no final das contas, o Pingo da Lua derrete o gelo especial... Tem hora que não se pode levar tão a sério esse mangá. Surge mais um espírito celestial, Lyra, e aparentemente não serve para batalhas, ainda bem que este não é um mangá de batalhas! Um tal de Reitei está atrás do Deliora, que além de ser o vilão da saga, é um antigo amigo de Gray chamado Lyon, ambos discípulos de Ur. Natsu e seu jeito sem noção revelou onde todos estavam escondidos.

Vários mangás tem um ou outra frase que se torna o destaque da história e aqui não poderia ser diferente, acho que deveremos ouvir no decorrer da série muito: Não subestime a Fairy Tail! Na maioria das vezes pronunciada pelo Natsu. Como a situação não poderia ficar pior, mandaram a Elza para levar todos de volta para a guilda.

Este arco terá nosso querido amigo Gray como foco, principalmente depois de saber que o mesmo matou sua mestra (como assim?! Tem que ter um flashback básico para explicar isso). Mesmo ambos os discípulos de Ur serem usuários da magia de gelo, a aplicação é diferente (estático x móvel), seria chato de assistir se ambos tivessem poderes iguais; o pior mesmo é que por puro egoismo, Lyon que sempre admirou Ur pretende descongelar Deliora para derrotá-lo e superar sua mestra, vê se pode uma coisa dessas. E quem diria que Gray desafiou o monstro contrariando sua mestra, e ao mesmo tempo temos um paralelo com a atitude que ele teve diante da ousadia do Natsu em roubar a missão classe S, realmente o mundo dá voltas, o que faz Gray se sentir culpado pela situação até que Natsu faz o sujeito acordar, já que uma de suas funções na história é gritar.

No fim, Lucy tem uma idéia para capturar os magos de Reitei. Com certeza no próximo volume teremos Elza chegando para deixar todos desesperados, lutas, momento “relembrar é viver” e quem sabe um pouco de comédia para variar!


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Até o próximo volume!

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