Análise: Fairy Tail (volume 3)


Autor: Hiro Mashima
Gênero: Ação, Aventura, Comédia, Drama, Fantasia
Perído de publicação: 2006 - Em andamento
Serialização: Weekly Shonen Magazine (Editora Kodansha) / Editora JBC
Número de volumes: + 28 

VOLUME 3 – O TIME MAIS PODEROSO

Sinopse: Os integrantes da Fairy Tail precisam deter a Guilda das Trevas antes que uma grande tragédia aconteça na cidade de Clover, o local da reunião dos mestres das Guildas!! Mas Elza, Natsu, Gray, Lucy e Happy acabam caindo numa armadilha criada por Erigor, que acionou uma parede de vento encantada para impedí-los de escapar da estação de trem.

ATENÇÃO: Essa matéria contém spoilers (revelações) sobre a história. Se você não leu ainda, por favor não continue! Este blog não se responsabiliza pelas consequências.


Aqui estamos novamente para analisar os eventos do terceiro volume, para quem não sabe este mês foi lançado o encadernado número 28 da série, não vai demorar muito para a obra superar o trabalho anterior do Mashima, Rave Master, que ao todo conta com 35 volumes. Continuando a Saga da Lullaby, de cara vemos a Elza mostrando todas as suas habilidades com a magia de “Reequipar”, a habilidade em si já dispensa qualquer tipo de explicação, algo que o Happy acabou fazendo sem necessidade. O grande trunfo deste poder é que além de trocar de armas quase que instantaneamente, pode-se usar outras armaduras, o que aumenta o leque de opções e poderes que a Titânia pode dominar, isso sem falar que teremos mais uma princesa do cosplay na história além da Lucy.


Uma das melhores cenas do volume é o Natsu e o Gray fingindo serem grandes amigos, é sempre muito engraçado ver os dois tentando esconder a rivalidade da Elza. Um outro detalhe que não poderia deixar de comentar é a diagramação que o autor utiliza no mangá, talvez para quem acompanhe semanalmente o capítulo pode variar de qualidade, pois alguns são mais focados em ação e acabam consumindo muitas páginas sem vários fatos, agora para quem lê por volume (me encaixo nessa categoria) o título é mais eficiente e dinâmico de se acompanhar. É só uma questão de gosto, uma coisa é você ler semanalmente um mangá com muitos eventos por capítulo (exemplo: Bakuman e One Piece) e outro que a narrativa não anda muito (Bleach), a recepção e percepção é diferente para cada pessoa.

De volta a história, o grupo se separou para tentar impedir que o Erigor matasse a população, esse é aquele momento clássico e clichê onde cada personagem tem sua luta para mostrar suas habilidades, vide o Gray, que não tínhamos visto lutar com seus poderes de gelo. Claro que tudo não passou de uma enganação do vilão do arco e o verdadeiro alvo era os mestres de guildas que estão reunidos na cidade de Clover, evento citado no volume 2. Antes do grupo do Natsu conseguir sair da armadilha do Erigor, é apresentado o mais novo Espírito Celestial da Lucy, Virgo, aquela grande figura que trabalhava para o Duque Everlue, só que dessa vez apareceu uma outra pessoa com uma aparência totalmente diferente, até rivalizando com a beleza das outras personagens femininas. A sua habilidade foi mais do que útil para tirar todo mundo da enrascada. 


Algo que incomoda um pouco em alguns títulos de lutas é como os heróis sempre vencem suas lutas, mesmo apanhando deliberadamente, acabam ganhando de qualquer maneira. Lembra até aquele mangá da Shonen Jump do final da década de 80 chamado Saint Seiya (ou Os Cavaleiros do Zodíaco), onde os personagens eram surrados e do nada ficavam mais fortes que os adversários, revertiam a surra e venciam a batalha. Por que estou dizendo isso? Simples, Fairy Tail caminha gradativamente nesse estilo perigoso dos personagens bonzinhos que sempre vencem suas batalhas independemente de estarem sem a alma no corpo... espero que a coisa melhore mais adiante, mesmo o mangá se propondo a narrar uma coisa mais descompromissada e descontraída. 

Uma das lutas que mais agradaram nesse volume foi o duelo entre Natsu e Erigor, relembrou que é possível roteirizar um combate alternando contato físico (porrada, chute, etc.) com técnicas mágicas, deixando o leitor mais a vontade e fazendo com que a luta torne-se mais dinâmica. Priorizar um dos dois pontos não é recomendável, ainda mais se for uma luta só de magia a longa distância, aí é pedir para qualquer um fechar o mangá e fazer outra coisa! Cada personagem tem seu estilo de luta e deve-se respeitar isso, mas ultimamente evitam cenas de socos e chutes bem feitas, parece até que os autores são censurados para desenhar um desses atos mais realistas do que um Kamehameha da vida. 

Outro ponto que achei interessante foi ver o Natsu demonstrando que sabe usar o cérebro, explicando sobre a propriedade de sua chama mágica, nem parecia ele falando! Se bem que depois temos a demonstração de que ele é aquele protagonista clássico, movido pela vibração de estar lutando com alguém forte, despertando as Chamas da Emoção. Olha que ele só acordou pra vida porque o Happy lembrou que o seu rival Gray poderia resolver a parada; o resultado do combate já era imaginado, portanto não há muito o que comentar. Após toda essa correria vemos o Makarov dar uma lição de moral no Shikamaru Kageyama, que tentou usar a flauta amaldiçoada do Zeref. O mestre também lembrou o quanto é importante as pessoas fracas se unirem para combater as dificuldades com os amigos e não se matarem sozinhos para resolverem os problemas, essa é um mensagem bem comum nos mangás shonen, sem novidades aqui. 

Deu pena da Lulaby depois que virou uma criatura gigante escrota e receber uma surra do “time mais poderoso” da Fairy Tail. Será que o Zeref deixou mais coisas além desse item? Inclusive sua história pode ser equiparada a do vilão Madara do mangá Naruto, que vive a centenas de anos e continua aterrorizando a vida dos ninjas! E finalmente temos a conclusão desse arco mais sério de FT, até que não foi tão sofrível, todo início é difícil e as pessoas podem desistir de ler um bom título, felizes são aqueles que ainda tem tal paciência para esperar a história melhorar. 


De quebra temos mais uma aparição de Siegrain, não seria nada estranho se ele aparecesse diante dos protagonistas nos próximos capítulos, já que o autor destaca bem ele dos outros membros do Conselho. Isso sem falar que o cara reconheceu e protegeu a Fairy Tail, tida como fontes de todos os problemas da humanidade (o que não é verdade); “legal” também é que não prenderam o Erigor, então um dia ele pode reaparecer para uma revanche com o Natsu. 


E finalmente o combate mais esperado desde o volume anterior: Natsu vs. Elza, uma pena que não foi levado mais adiante do que deveria, só ficou em uma troca de golpes rápidos ente eles até que um enviado do Conselho interrompe tudo com uma ordem de prisão direcionada para a Elza! Eis que fica essa dúvida do que acontecerá com ela...


Gostou do post? Em caso de dúvidas, críticas e/ou sugestões para melhorar a análise dos próximos volumes, deixe seu comentário. 

Até o próximo volume!

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