Análise: Prince of Persia - Warrior Within (PS2)


Genêro: Ação, Aventura
Produtora: Ubisoft Montreal, Pipeworks Software
Distribuidora: Ubisoft
Data de Lançamento: 30 de Novembro de 2004
Plataformas: PlayStation 2, GameCube, Xbox, PC, PlayStation 3, PlayStation Portable
Jogadores: 1 (single player)


Resumo: Sete anos após os eventos de Prince of Persia: The Sands of Time, Prince descobre que está sendo caçado por Dahaka, o Guardião da Linha do Tempo. Devido ao fato de Prince ter escapado do seu destino, Dahaka tenta assegurar que o príncipe morra como ele deveria. Após pedir conselhos do Old Man, Prince se informa sobre a Island of Time (Ilha do Tempo), o local no qual as Sands of Time (Areias do Tempo) foram criadas, e que é governada pela Imperatriz do Tempo. Então, ele zarpa em direção à Ilha do Tempo para tentar prevenir que as Areias do Tempo sejam criadas, através de viagens de volta no tempo, acreditando que caso as Areias nunca existissem, Dahaka não teria problemas com ele.

Enredo (7.5) 

Warrior Within tem um enredo mais complicado e pesado do que o seu antecessor, explorando o lado mais obscuro e desesperado de um Prince disposto a fazer qualquer coisa para salvar a sua pele. Toda aquela inocência, leveza e bom humor se perderam em meio ao pertubado objetivo de impedir a Imperatriz do Tempo criar as Areias do Tempo, e assim evitar que Dahaka persiga o protagonista implacavelmente.

A bela Kaileena, que aparece frequentemente durante o jogo
Alguns aspectos negativos marcaram a história: o excesso de voltas na Ilha que pode fazer o jogador perder a paciência, a aparição sem explicação do Dahaka no Passado e o final do jogo, dividido em alternativo e verdadeiro.

O Final Alternativo (quase inevitável) será onde o Prince mata a Kaileena pela segunda vez, e que não tem nada a ver com o início do terceiro jogo (The Two Thrones), onde o protagonista volta para a Babilônia com a Imperatriz do Tempo. Agora, para ver o Final Verdadeiro, é necessário encontrar durante todo o jogo nove Life Upgrades (aumentos de vida), que destravará a Water Sword (Espada de Água), que possibilita Prince enfrentar o Dahaka em vez da Kaileena, que não é morta e segue com o protagonista de volta para sua casa. Quem criou essa "pegadinha" foi muito infeliz, porque deixou o jogo estupidamente difícil e com uma história incoerente, onde a premissa do jogo seguinte se baseou em um fato que muitas pessoas provavelmente não viram, a não ser que tenham usado algum detonado. (OBS: Tive que fazer final com detonado depois de ver o final alternativo) 

Gráfico (8.5)


Em relação ao primeiro jogo ouve uma melhoria, especialmente no design dos personagens, que deixava muito a desejar, sem falar da magnitudade das paisagens da Ilha do Tempo, tanto no presente (que transmite um ar dark) quanto no passado (relembrando os cenários leves de SoT). É bom ressaltar a elaborada estruturação da Ilha, seus puzzles e armadilhas, onde percebe-se toda uma interligação dos ambientes, mesmo na transição entre Passado e Presente.

Jogabilidade (9.5)

Prince of Persia é sinônimo de jogabilidade de qualidade, e o grande destaque deste jogo é o que a produtora chama de Free-Form Fighting, onde a performance do Prince é  livre e determinada de acordo com o estilo de cada jogador, com variados combos utilizando duas armas (a principal e a secundária, que pode ser trocada várias vezes), acrobacias e o cenário, que pode facilitar nos momentos de combate com vários inimigos, tal liberdade dada para o jogador desenvolver seu estilo de combate permite quem não jogou o Sands of Time ter uma boa experiência.


O Medalhão que o Prince ganhou de Farah no jogo anterior possibilita utilizar os poderes das Areias do Tempo, que ajudam muito durante o jogo, principalmente contra os chefões, que têm um bom nível de dificuldade, e que ficam mais fáceis quando você adquire os Life Upgrades. Quanto a Mask of the Wraith (Máscara do Espectro), ela é mais vantajosa do que parece, por repor gradativamente os Tanques de Areia para usar os poderes, porém a maioria do sangue do Prince é sugada. O tempo de duração do jogo é bom, sendo que é mais longo que o SoT.

Trilha Sonora (8.0)

Muito boa, gostei bastante, porém ficou muito descaracterizada em relação a anterior, que deixava o jogador mais a vontade enquanto jogava. A trilha em WW apresenta ritmos mais pesados (rock) em momentos de combate e fugas do Dahaka; e um ritmo comum da série, misturado com sons de suspense para deixar a pessoa sempre em alerta. Eu coloquei abaixo as minhas favoritas, a primeira infelizmente não toca muitas vezes no jogo (acho que foi apenas umas duas vezes), já a segunda é quando Prince enfrenta a Imperatriz do Tempo:



Avaliação Geral (8.5)

Prince of Persia: Warrior Within é um jogo que possui muitos pontos positivos em relação ao seu antecessor (The Sands of Time), como a jogabilidade mais livre, principalmente durante os combates, além da complexidade dos cenários que se interligam de maneira interessante. Em contrapartida, o excesso de cenas violentas, o enredo sombrio, a quantidade de vezes que se passa em um mesmo local, e principalmente, os finais complicados, comprometeram o que poderia ser uma sequência ideal para as aventuras de Prince, mas que não passa de uma sucessão de falhas dentro da trilogia.

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