Análise: Prince of Persia - The Sands of Time (PS2)


Genêro: Ação, Aventura
Produtora: Ubisoft Montreal
Distribuidora: Ubisoft, Sony Computer Entertaiment (SCEI)
Data de Lançamento: 21 de Novembro de 2003
Plataformas: PlayStation 2, GameCube, Xbox, Game Boy Advance, PC
Jogadores: 1 (single player)


História do Jogo: No Império Persa, o Rei Shahraman e seu filho Prince (o nome verdadeiro dele é desconhecido), em busca de honra e glória, invadem a Índia e derrotam o poderoso marajá com a ajuda do Vizier, um subordinado deste último que o traiu. Durante a batalha, Prince encontra uma misteriosa adaga e, ao acionar sem querer um botão em sua empunhadura, descobre que ela permite o seu dono voltar no tempo. Após a invasão, eles seqüestram a princesa Farah, filha do marajá, e se apoderam de seu palácio e tesouros, incluindo uma adaga e uma ampulheta gigante. Vizier, sabendo que a Dagger of Time (Adaga do Tempo) e a Hourglass of Time (Ampulheta do Tempo) juntos podiam dar ao seu dono o poder da imortalidade, esconde esse fato dos outros e começa a elaborar planos para se apoderar de ambos os itens.

O Rei Shahraman segue para se encontrar com o rei de Azad e presenteá-lo com a misteriosa ampulheta para manter as boas relações entre os dois. Enquanto isso, Prince, enganado por Vizier, crava a Dagger of Time na Hourglass of Time, liberando as Sands of Time (Areias do Tempo), que transformam as pessoas de Azad em monstros de areia, exceto por Prince, Farah e o Vizier, por possuírem artefatos que o protegeram: a Adaga, o Medalhão e o Cajado, respectivamente. Então, Prince decide reparar os danos que ele causou e devolver as Sands of Time para a ampulheta, usando a adaga. Após o Prince matar alguns monstros com a adaga e absorver a areia do corpo deles, uma coluna feita de Sands of Time lhe aparece, mostrando-lhe, através de visões, o futuro. Durante a sua jornada, Prince encontra Farah, e de início não confia nela, mas com o tempo os dois unem suas forças e se tornam cada vez mais próximos. Quando finalmente encontram a Hourglass of Time, Farah fala para o Prince cravar a adaga no topo dele. O Prince, que em uma de suas premonições havia visto Farah roubando a adaga, e considerando que ela teria razões de sobra para odiar ele e seu povo, não confia nela. Durante este momento de hesitação, o Vizier aparece e lança uma magia em direção a eles, lançando-os para fora do local através de um buraco na parede. Logo em seguida, eles caem no centro de uma tumba.

Enquanto procuram por uma saída da tumba, Farah nota que Prince está tremendo, que diz que tem medo de lugares fechados. Para ajudá-lo, Farah conta que a sua mãe dizia para falar a palavra "Kakolukia" sempre que estivesse com medo e uma porta se abriria para ela. Farah conclui dizendo que nunca falou isso para ninguém, mas Prince não acredita na história, dizendo que era infantil. Porém, quando ele fala a palavra, uma passagem secreta se abre perto deles. Eventualmente, eles chegam a uma sala de banhos, onde os dois aproveitam para mostrar a afeição que sentem um pelo outro. Quando Prince acorda, percebe que Farah roubou a adaga e a sua arma, mas deixou o medalhão para protegê-lo das Sands of Time. Farah estava assumindo para si a responsabilidade de resolver toda a situação. Prince vai atrás dela e a encontra lutando contra vários monstros. Ela é golpeada e cai por um buraco até a sala onde está a Hourglass of Time, morrendo ao atingir o chão. Prince tenta voltar no tempo usando a Dagger of Time, mas ela não tem mais areia para isso. O Vizier lhe aparece e o príncipe, dominado pelo sofrimento, finalmente crava a adaga na ampulheta, devolvendo as Sands of Time para ela e voltando no tempo até um momento anterior à invasão da Índia.

Prince então acorda no acampamento do seu exército, ainda com a Dagger of Time, e atravessa uma floresta até o quarto de Farah para lhe devolver a adaga. Devido ao fato de ele ter voltado no tempo, ele era o único que sabia do que aconteceu, precisando então contar primeiro a história sobre a invasão da Índia, a traição de Vizier e o que eles viveram juntos a Farah. Ao terminar de contar tudo, o Vizier aparece para tentar matá-lo, acusando-o ser um mero intruso mentiroso, mas durante a batalha revela a sua intenção de trair o rei. Após derrotar o Vizier, Farah lhe pergunta por que que ele inventou uma história tão absurda apenas para somente devolver a adaga, alegando que ela não é uma criança que crê nessas coisas. Prince simplesmente concorda com ela quanto à história não ser verdadeira, e lhe entrega a adaga. Quando está indo embora, Farah pergunta seu nome, e Prince diz para chamá-lo de "Kakolukia". Farah fica surpresa ao perceber que a história era, de fato, verdadeira, e Prince vai embora. 

Enredo (9.5) 

Uma história simples, com o protagonista em uma situação inusitada, que enfrenta tudo de maneira muito bem humorada, cativando quem o controla. Mesmo no meio de toda essa confusão, foi possível se desenvolver um romance, mas que depois acabou sendo "desfeito" pelas Areias do Tempo, ficando apenas nas memórias do Prince, e justamente por esse motivo não levou a nota máxima, faltou um final feliz para os dois, mas isso não quer dizer que a história foi comprometida.

Gráfico (8.0)


Muito bom, agradável de se ver e que chamam a atenção em alguns momentos pela beleza empregada na construção dos cenários, que para a época de seu lançamento, pode-se considerar um verdadeiro primor. Entretanto, em alguns aspectos ele deixa a desejar, como o visual dos personagens que acabava perdendo em muito a qualidade em relação aos vídeos de computação gráfica.

Jogabilidade (9.0)

É uma das melhores jogabilidades do PS2, possui um tutorial simples e fácil de se aprender os movimentos do personagem. Um dos destaques é como a Ubisoft conseguiu realizar a transição de uma jogo de plataforma 2D para 3D ficar com um bom nível, pois não é algo muito simples de fazer e que consiga alcançar relativo sucesso, um bom exemplo de mudança foi quando a Nintendo lançou o Super Mario 64, o primeiro jogo 3D da franquia e que conseguiu excelentes resultados. Outro ponto importante é a interatividade de Prince com a Farah, que o acompanha na maior parte do jogo e acionar vários mecanismos que sozinho seria impossível de se ativar.


Umas das coisas que não gostei foi a duração do jogo (aproximadamente 6 horas), foi muito curto, além de não proporcionar nenhum extra interessante. O último chefe (Vizir) foi fácil, jogar o game foi mais difícil do que enfrentá-lo, e olha que não morri nenhuma vez sequer contra ele.

Trilha Sonora (9.0)

Excelente, conseguiu transmitir de maneira brilhante a sensação de estar correndo pela Índia, caracteriza muito bem cada ambiente e situação em que o jogador passa durante o jogo. Se o jogo fosse mais longo, a trilha sonora teria se consolidado mais ainda.



Avaliação Geral (9.0)

Prince of Persia: The Sands of Time é um jogo que deveria acompanhar gratuitamente os video games no momento da compra, pois é um ótimo jogo, divertido, com muito bom humor, um grau de dificuldade normal e que não abusa de cenas pesadas como outros jogos. Em contrapartida, o gráfico e o decepcionante último chefão não permitiram o jogo alcançar uma nota ainda melhor, mas para um game de sua época, torna-se obrigatório e essencial jogá-lo para quem não conhece ainda a franquia.

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