Análise: Rurouni Kenshin - Tokuhitsu-ban (volume 1)


Autor: Nobuhiro Watsuki
Gênero: Ação, Aventura, Fantasia, Histórico, Romance
Período de Publicação: 02 de Maio de 2012 - 04 de Junho de 2013
Serialização: Jump Square (Editora Shueisha) / Editora JBC
Número de Volumes: 2

VOLUME 1 DE 2 - UM NOVO COMEÇO

Sinopse: Em Kyoto na época do Bakumatsu, em meio ao turbilhão de caos de ideais, ambições e espadas, existiu o homem considerado o mais forte retalhador de todos os tempos, o Battousai Himura. O tempo se passou, e o lendário retalhador estava agora em Tóquio. Em "Rurouni Kenshin - Versão Cinematographo" é contado o início de uma nova lenda, e "Crônicas da Era Meiji - Ato Zero" revela como foi o início de tudo!

ATENÇÃO: Essa matéria contém spoilers (revelações) sobre a história. Se você não leu ainda, por favor não continue! Este blog não se responsabiliza pelas consequências.


Lágrimas escorrem neste momento!! Não achava que voltaria a ler algo relacionada a Rurouni Kenshin (o popular Samurai X) nesta vida, nada mais justo do que dizer que ele foi um dos primeiros mangás que li nessa trajetória nipônica e um dos primeiros que vi o final (muitos levam tempos para se encerrar) e bem digno, por sinal, coisa que não vemos por n fatores, acaba tudo saindo muito apressado, prejudicando o encerramento.

Se você não leu a obra antes, essa é a melhor oportunidade para conhecer o universo romanceado na Era Meiji, o período de queda do Feudalismo no Japão e a inserção do Ocidente no país que mudou drasticamente sua cultura até os dias de hoje, além de tratar da figura histórica do Samurai em seu pior momento, o da decadência e proibição do porte de espadas. Motivos não faltam para aos menos ler esses dois volumes especiais com o traço atual do Nobuhiro Watsuki. Vale ressaltar que esse lançamento deu-se por causa do filme live action baseado no mangá que já recomendamos a leitura.


Como já dito na capa, essa versão do autor tem capítulos bem estruturados e fechados, como sua publicação foi na Jump Square (revista mensal) é mais fácil trabalhar dessa forma por ter mais páginas que geralmente teria na Shonen Jump (revista semanal). É uma releitura da obra para os saudosistas de plantão, serve também para atrair leitores que nunca tiveram contato com a lenda do retalhador, além de termos os mesmos personagens carismáticos em situações semelhantes ao enredo escrito nos anos 90.

Resumindo a ópera, o ano é 1868, estamos no meio de uma guerra civil entre os defensores do Shogunato Tokugawa e os Isshin Shishi (Paladinos da Restauração), Feudalismo e obediência ao Imperador contra a abertura do país ao estrangeiro depois de séculos de atraso. Acompanhamos a história de um jovem samurai conhecido como Battousai o Retalhador, que brande sua espada (erradamente como vemos no futuro) para abrir o caminho para a liberdade das pessoas escolherem suas condições, e em meio a esse turbilhão de violência e ideais, vemos a queda do regime feudal e o nascer de uma nova época, a Era Meiji, onde se passa parte da trama desenvolvida no mangá.


Sabe o jovem retalhador, que se banhava de sangue? Tornou-se uma lenda aterrorizante para aqueles que sobreviveram as mudanças do tempo, e ao mesmo tempo, o sujeito que conquistou essa alcunha vive como um andarilho sem rumo para expiar seus crimes, ajudando as pessoas para que tenham a paz merecida na nova era. Nessas andanças, ele se depara com gente que se aproveita das mudanças para fazer coisas erradas, como Kanryu Takeda, assim como quem precisa de novos propósitos para empregar sua grande força como o Sanosuke Sagara, coadjuvante da série.

No final do volume tem dois extras ótimos, o primeiro é o capítulo 0 da obra original e serve como mais um motivo para aqueles que não leram se habituarem com o ambiente que transcorre todo o romance histórico, sem falar que motiva o personagem a realizar uma parada em sua jornada solitária de errante. O outro são os comentários do autor sobre como foi desenhar novamente o título e o seu envolvimento com outras mídias.

No segundo volume desta compilação provavelmente teremos o embate de Kenshin e Hajime Saitou, que vale muitos comentários e é um dos mais emblemáticos das crônicas do samurai, e a aparição de mais personagens icônicos dessa série tão querida.


Gostou do post? Em caso de dúvidas, críticas e/ou sugestões para melhorar a análise dos próximos volumes, deixe seu comentário.

Até o próximo volume!

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