Análise: One Piece (volume 66)


Autor: Eiichiro Oda
Gênero: Ação, Aventura, Comédia, Drama, Fantasia
Período de Publicação: 1997 - Em andamento
Serialização: Weekly Shonen Jump (Editora Shueisha) / Panini Comics
Número de Volumes: + 84

VOLUME 66 - O CAMINHO EM DIREÇÃO AO SOL

Sinopse: Vander Decken não se conformou com a rejeição da princesa Shirahoshi e usou seus poderes para lançar a arca lendária Noah contra o Reino Ryuugu! Com o país prestes a ser destruído, Luffy decide destruir essa importante embarcação, mas algo se coloca em seu caminho!

ATENÇÃO: Essa matéria contém spoilers (revelações) sobre a história. Se você não leu ainda, por favor não continue! Este blog não se responsabiliza pelas consequências.


Você deve estar pensado: "Ué, volume 66? Cadê os outros 62? Como faço para entender a história até aqui?" e eu digo: "Calma, chegaremos lá!", decidi retomar a análise de One Piece bem onde a edição da Panini se encontra porque é onde estou acompanhando desde que foi anunciado a republicação, os demais volumes vamos lançar aos poucos sem pressão, ok? Bom, este encadernado faz parte do check-list de fevereiro, porém os lançamentos da editora sempre chegam com algumas semanas de atraso nas bancas e para os assinantes (entro aqui), por isso só li este mês.

Sobre o conteúdo em si, vemos finalização do arco da Ilha dos Homens-Peixes (ufa!), alguns esclarecimentos interessantes, aparição da Big Mom, entrada no Novo Mundo e o alvorecer de uma nova aventura (sempre quis falar isso), particularmente gosto quando tem transição dos arcos porque o Oda solta informações relevantes para história e não fica naquele festival de lutas frenéticas que às vezes não entendemos. Inclusive, de uns anos para cá ler o encadernado de One Piece tornou-se um desafio de algumas horas para aqueles quem o faz de uma vez, porque temos um preciosismo do autor em detalhar tudo que está acontecendo e com vários personagens em cena, convenhamos que se por um lado é legal ver tanto empenho dele em produzir um mundo com tanta riqueza por outro essa "loucura" precisa ser podada para não virar uma poluição visual.

Ainda não está claro qual a serventia da Arca de Noah para os Homens-Peixes, mas a aparição dos Reis dos Mares como um deus ex machina para salvar Luffy de concretizar a previsão da Madame Shyarly foi providencial. Inclusive essa previsão, a arca e o fato da Shirahoshi conseguir interagir com os monstros traz a sensação de estar tudo muito interligado com o que possa acontecer no futuro do mangá. Outro ponto que gostaria de abordar é a visão que as pessoas começaram a ter dos piratas do chapéu de palha, tratando-os como heróis (assunto falado uns volumes antes também), contraponto a situação deles no começo de jornada em Alabasta, Water 7 e Enies Lobby, pois seus atos sempre ficaram a parte do conhecimento público de certa forma, a vitória sobre o Crocodile foi abafada e creditada ao Smoker justamente para que piratas não tivessem essa imagem perante as pessoas, vamos ver como o Governo Mundial e a Marinha conseguirá lidar com essa visão quando tomar uma proporção maior.


A doação de sangue do Jinbe e o envelhecimento da turma do Hody Jones é para a pá de cal em todo o ódio que ainda permeava na ilha, assumo que essa saga não é das minhas favoritas da série por ser meio previsível e ter vilões fracos, mas o tema abordado é um dos mais interessantes, o preconceito por ser de outra raça, ou mesmo diferente, presente desde a Vila Kokoyashi e no Arquipélago Sabaody com o leilão de pessoas. Claro que foi legal também ver a reapresentação dos personagens com seus novos poderes (Franky Shogun \o/ ), mas não o suficiente para salvar este arco tão esperado.

Não podia faltar o banquete para encerrar a saga na ilha das sereias, somos agraciados com quadros sem diálogos muitos legais e um upgrade de informações sobre a situação do mundo pós time-skip, como a luta entre o Akainu e o Aokiji, típico embate que queremos ver, sabemos que foi ótimo e que só é citada para nos deixar curiosos. A nomeação do Sakazuki como Almirante de Esquadra e as demais mudanças não são tão surpreendentes porque depois da Guerra dos Melhores ficou a expectativa de movimento em vários lugares no mundo, a morte do Barba Branca foi um evento muito marcante para essa Era dos Piratas. Assim como o avanço do Barba Negra é notável desde quando soubemos de sua existência na sua primeira aparição no Reino de Drum.

O diálogo entre Robin e Neptune foi o clímax do encadernado ao meu ver, todo desembarque nas ilhas ficamos de olho nela pra ver o que mais ela descobre sobre as Poneglyphs, e desta vez temos a descoberta de mais uma arma da antiguidade, Poseidon, a sereia capaz de controlar os monstros marinhos, provavelmente está ligado ao One Piece, assim como as outras armas da antiguidade do século perdido: Pluton (um super navio de guerra) e Uranus (ainda não sabemos nada a seu respeito até aqui), quem será JoyBoy e porque do pedido de desculpas com a Poseidon anterior? São nesses momentos que sentimos que a história realmente avança e que tem muita coisa escondida nesse tal Século Perdido, por hora só de saber sobre o poder da Shirahoshi já serve para explodir a cabeça!

Só uma pequena lembrança: que personagem caído esse Caribou, pouco serviu de alívio comigo, deixa pra lá... Finalmente apareceu mais um Imperador, dessa vez foi a Big Mom, apesar de vermos apenas sua silhueta monstruosa. Um pequeno conflito surge entre ela e Luffy, além da promessa de encontro, não acho que será uma saga de luta assim como a maioria se mostra, nem dá pra imaginar uma luta entre os dois! Está mais para aqueles arcos de comédia assim como foi Thriller Bark, e vai ser engraçado na hora que a caixa com a bomba chegar nas mão dela, para desespero do Rei Neptune.


A despedida da princesa foi bacana, lembrou um pouco da despedida da Vivi em Alabasta (que é sensacional), e todos nós agradecemos por terminar esse arco (ufa!). Fazia tempo que não via um capítulo só de interação entre os personagens, antes parecia a reunião de um bando de estranhos depois de dois anos, serviu para tirar um pouco da espiral de loucura que o mangá entrou há anos e não parecer sair. E a entrada no Novo Mundo hein? Muito legal, uma referência a entrada na Grand Line com a Laboon como recepcionista, só que desta vez foi com seus companheiros de espécie.

Nem processamos que saímos do fundo dos mares e já estamos no mistério da caótica ilha de Punk Hazard, onde Luffy e seus amiguinhos encontram um dragão (Fairy Tail?!) e um torso falante, sem falar que Smoker está no encalço novamente da tripulação, mas isso fica para o próximo volume!


Gostou do post? Em caso de dúvidas, críticas e/ou sugestões para melhorar a análise dos próximos volumes, deixe seu comentário.

Até o próximo volume!

Comentários