Análise: Fairy Tail (volume 5)


Autor: Hiro Mashima
Gênero: Ação, Aventura, Comédia, Drama, Fantasia
Perído de Publicação: 2006 - Em andamento
Serialização: Weekly Shonen Magazine (Editora Kodansha) / Editora JBC
Número de volumes: + 30 

VOLUME 5 - FAÇA O QUE QUISER 

Sinopse: O antigo companheiro de treinamento de Gray está tentando reviver o demônio Deliora, mas isso fará com que o sacrifício de sua antiga mestra tenha sido totalmente em vão. Qual será o segredo que se esconde no passado de Gray e por que ele fica pelado o tempo todo?!

ATENÇÃO: Essa matéria contém spoilers (revelações) sobre a história. Se você não leu ainda, por favor não continue! Este blog não se responsabiliza pelas consequências. 


Caros leitores de Fairy Tail, continuamos enrolados na saga da Ilha Galuna desde o volume passado, o bom é que tivemos alguns combates e o desenvolvimento da história. Paramos no momento em que a Lucy teve uma ideia para deter os inimigos, e convenhamos, não há como discordar do Happy como o plano da feiticeira foi infantilmente idiota e nem dá para acreditar que acabou funcionando com um certo idiota conhecido como Natsu! (hahaha)


A demora dos inimigos foi justificada pela preparação da tal Geleia Venenosa que a ratazana lançou sobre a vila. Por sorte o Natsu estava lá e salvou o dia com um show pirotécnico bem legal chamado Karyuu no Kouen (Chamas Cintilantes do Dragão de Fogo), ao menos para nomes de golpes o Hiro Mashima é criativo. Uma hora ou outra chegaria o momento do confronto, que foi iniciado pela Lucy que se pendurou na Angelica sem querer, enquanto o Natsu tira um 2x1 contra Yuuka e Toby, ex-membros da guilda Lamia Scale, famosa no Mundo Mágico pelo que eles falaram e também por ter um ex-membro chamado Jura.


A cena do Natsu desviando o golpe do “sombrancelhudo” lembrou uma parte idêntica que tem em One Piece, quando o Luffy desvia de um ataque do Crocodile em Alabasta, pareceu até um remake! A grande vantagem de acompanhar as lutas do Natsu é que não tem aqueles diálogos profundos, entediantes e infinitos porque o personagem é muito burro, então tudo acaba sendo bem objetivo e focado na porrada mesmo, ele acabou encontrando certa facilidade para derrotar os dois adversários, foi quase um treino para o caçador de dragão. Piada foi a pessoa que derrota a si mesma! Se fosse no sentido psicológico tudo bem, mas em uma batalha séria como deveria ser essa não te como não rir... Para a derrota do Toby não precisava gastar tantas páginas para algo comicamente ridículo.

Já na outra frente de batalha, temos a Lucy ganhando uma luta com outra ex-Lamia Scale, Sherry. Este confronto serviu para duas coisas: mostrar mais detalhes sobre como abrir e fechar o Portão dos Espíritos Celestiais, não é apenas o mestre que pode invocar as chaves na hora que bem entender, um tempo atrás no volume 1 o autor tinha abordado na hora de assinar o contrato essa questão de disponibilidade dos espíritos; já o outro detalhe destacado mesmo foi aquele fanservice leve para agitar os hormônios dos leitores da Shonen Magazine, com a Lucy sendo despida forçadamente por um tarado de plantão.


Só de ver a Aquarius invocada nem precisava imaginar a bagaceira que aconteceria, independentemente de quem estava controlando o espírito... Mesmo depois do golpe final da Lucy, a ratazana gigante surgiu do nada para acabar com ela, mas a Elza apareceu para “salvar” o dia, já que ela estava lá para arrastar todos de volta para a guilda. Personagens femininas geralmente são jogadas para escanteio e ignoradas no momento da pancadaria nos mangás para garotos, felizmente temos a Elza em Fairy Tail para mudar um pouco esse padrão, ela está entre as figuras mais fortes da série, portanto é garantido que sempre veremos ela batalhando; até mesmo a Lucy ganhou atenção do autor nesta saga. É um ponto positivo para a história, mesmo que o estilo de luta da última não agrade a todos.

“Corra que a Elza vem aí!” ou algo assim passou pela cabeça do Happy quando saiu voando desesperadamente ao ver a Titânia na ilha, tanto que só de ver aquele olhar de ódio dela qualquer um se borraria nas calças. Era de se esperar que a maga mais forte da guilda viria para capturar os infratores, o problema é que o Natsu estava perdido na floresta e, inevitavelmente, ela levaria Gray também, mas ele se negou a ir proporcionando um das melhores partes do volume, após protagonizar um momento “macho” ignorando a autoridade da Elza e sua falta grave com a Fairy Tail para resolver as pendências que surgiram na Ilha Galuna, já que foi o caminho que ele escolheu, e se ela quisesse poderia matá-lo por isso.

Magos da Fairy Tail a parte, não lembro de ter visto antes o tal tiozinho de máscara, Zalty, aliado de Lyon para descongelar Deliora; é bem óbvio pessoas mascaradas serem um mistério a parte de qualquer maneira, sem falar que ele é usuário de magias perdidas, provavelmente mais uma modalidade de poder para ser explorada na série. E quem diria que o Natsu teria uma idéia útil e arrojada entortando a pirâmide que recebia a luz da Lua? Foi incomum ver o Salamander dialogando e tentando entender o motivo de Lyon para ressuscitar o monstro, contradizendo capítulos atrás sobre a objetividade nas suas lutas.


Finalmente o momento do flashback! É o primeiro que vemos na história sobre um dos personagens principais, para quem disse que aguentava qualquer coisa, Gray se apavorou muito rápido ao ver sua mestra se despir, ao menos descobrimos de onde vem a mania escrota dele tirar a roupa do nada! Mesmo com tanta arrogância, descuido e precipitação do garoto sedendo por vingança (sempre ela...) por perder seus pais para Deliora, sua mestra Ur mostrou uma grande responsabilidade ao protegê-lo, qualquer ser humano com o mínimo de amor e carinho por seu discípulo (ou filho) faria o que ela fez, gostei muito dessa parte e foi o segundo momento mais interessante do volume.


Em pensar que o Gray carregava esse fardo... Por isso ele não queria que o Natsu agisse de maneira precipitada quando partiu para a missão, pois o resultado poderia ser tão desastroso como foi 10 anos atrás. E o Lyon? Nem preciso falar que estava tão cego e obcecado por derrotar a Ur que nem poderia ser considerado gente (mesmo sendo uma criança). Foi um belo blefe do autor fazer o Gray utilizar o Iced Shell contra seu ex-companheiro, a interferência do Natsu veio a muito bem calhar, lembrando que o cara não poderia morrer porque estaria apenas fugindo da responsabilidade pelo o que aconteceu com sua mentora, sem falar da questão sobre manter o orgulho de ser membro da Fairy Tail.


Parecia até mentira, mas o tiozinho da máscara desentortou facilmente a pirâmide! Não achei tão surpreendente o Lyon saber a respeito da Ur estar “viva”, mesmo porque ele já conhecia a técnica antes do mago da Fairy Tail, assim como foi mostrado no flashback, o autor deixou escapar essa falha... O volume anterior tinha mais informações sobre a história, esse ficou mesmo mais focado nos problemas da Ilha e no passado do mago de gelo.

E agora? Ficamos na dúvida se Gray e Natsu têm chances contra seus adversários, sem contar que falta muito pouco para descongelar completamente o Deliora, já imaginou a destruição que ele poderia causar!? Prepare-se para o clímax da saga no próximo volume! 


Gostou do post? Em caso de dúvidas, críticas e/ou sugestões para melhorar a análise dos próximos volumes, deixe seu comentário. 

Até o próximo volume!

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