AniMangá Talk 3 - Gantz, One Piece e Esticados


Quanto tempo sem uma discussão simples aqui no blog! Dessa vez farei um pouco diferente, interligando os três assuntos no mesmo problema. Primeiramente, falaremos de Gantz, mangá para jovens publicado desde 2000 na Weekly Young Jump e que teve seu autor, Hiroya Oku se pronunciando sobre o final da série, que está programado para este ano apocalíptico de 2012. É um mangá que tem seus altos e baixos, li até o volume 14 e pretendo retomar esse ano, ainda mais com uma notícia agradável como essa, não é todo dia que um mangá termina.

No fim do ano, os consumidores brasileiros receberam uma notícia e tanto, que seria o retorno de One Piece às bancas em formato inteiro pela Panini Comics, diferente daquele meio-volume que a Conrad parou de publicar em meados de 2008. Tinha todos os volumes daquela coleção e acabei me livrando deles por falta de espaço aqui em casa, então imagine como não comemorei nada ao saber dessa história! Diferentemente de Gantz, o mangá de Eiichiro Oda é publicado desde 1997 na Shonen Jump e que conta até o momento com 64 volumes, está muito longe de terminar.

Notaram um certo contraste? Enquanto um está próximo de seu término, outro nem se imagina quando e como vai acabar, tudo porque ambos se submetem a questões comerciais, não acho que os dois durariam tanto se não fosse pelo seu êxito como produtos bem sucedidos que são. One Piece surgiu em uma época que a Jump perdeu a liderança do mercado para a Shonen Magazine, e ainda se recuperando do impacto que o final de Dragon Ball causou; mesmo hoje quando vejo as vendagens da série fico assustado, porque há uns dois ou três anos atrás ele não tinha toda essa repercussão. E não será nada absurdo se no dia que o mangá acabar a revista entrar em uma crise parecida ou até pior que passou no meio da década de 90.

Quanto a Gantz, o autor tenta transparecer que tem a história na mão, normalmente não se anuncia o final de um mangá com tanta antecedência, o que acho é que durante o desenvolvimento da mesma ele pode ter tentando vários artifícios para alongá-la mais do que deveria, fruto da pressão comercial. O que gostaria de falar mesmo é o quanto uma história precisa ser esticada só porque vende? Será que não é melhor uma série com menor duração e que mantenha uma certa coerência? São perguntas para reflexão, pois estamos vivendo em uma época que prefere-se segurar um mangá que já tem relativo sucesso, mesmo que sacrifique a qualidade da história do que arriscar em algo novo e não tão longo.

Até a próxima!

Comentários

  1. Um dos fatores por eu optar mangás curtos é a flexibilidade que eu posso ter.
    Digo, na visão de um autor, acho mais produtivo criar várias histórias de diferentes gêneros, assim posso mostrar que sou competente em cada área e mantendo o nível.
    E eu me arrisco no novo, embora o conhecido seja o caminha mais fácil, acho que todos merecem uma chance para um dia se tornarem conhecidos.

    ResponderExcluir

Postar um comentário